segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gripes e resfriados propiciam a conjuntivite



Lavar bem as mãos várias vezes ao dia é a principal forma de prevenção

Medidas preventivas contra a gripe e o resfriado também evitam a conjuntivite. A afirmação é do Dr. Flávio Bassoli, oftalmologista da Paraná Clínicas, em Curitiba.

Segundo o médico, quando uma pessoa está gripada ou resfriada, a resistência do organismo diminui, o que propicia o aparecimento de diversas inflamações. Para o especialista, lavar as mãos várias vezes ao dia continua sendo a melhor e mais eficiente dica para evitar essas enfermidades.

De acordo com o Dr. Bassoli, é comum o aparecimento de novos casos de conjuntivite no inverno, porque é nessa estação que as pessoas ficam mais gripadas. O especialista dá dicas para prevenir as doenças:

- Evitar o empréstimo de objetos pessoais, como toalhas de banho e maquiagem;

- Optar por lenços e toalhas de rosto descartáveis;

- Evitar mudanças bruscas de temperatura, tomar cuidado com o banho muito quente e depois sair para a friagem;

- Usar agasalhos e proteger o corpo em dias muito frios.

Para o oftalmologista, é preciso ter cuidado mesmo até dentro de casa. “As pessoas acham que, porque estarem em um mesmo ambiente, estão com as mesmas bactérias, o que diminui o problema”, afirma. “Mas a bactéria que está em convívio tranquilo em um organismo, pode ficar mais forte em outra pessoa”, alerta.

O tratamento da conjuntivite bacteriana é feito com colírios antibióticos. No caso das virais, utilizam-se colírios lubrificantes e remédios para tratar gripes ou resfriados, a fim de melhorar as condições de saúde do paciente.



Autor: Renata de Tullio Monteiro
Fonte: Lide Multimídia - Assessoria de Imprensa/ SIS Saúde
Imagem: Corbis

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Falta de atividade física no trabalho aumenta obesidade

TARA PARKER-POPE
DO "NEW YORK TIMES"


Um grupo de pesquisadores americanos identificou um novo culpado da epidemia de obesidade nos EUA: os locais de trabalho.
Uma revisão das mudanças ocorridas no mercado de trabalho desde 1960 sugere que grande parte do ganho de peso observado nos últimos anos pode ser explicada pelo declínio da atividade física no trabalho.
Os empregos que exigiam atividade física moderada, que em 1960 respondiam por 50% dos postos no mercado, caíram para 20% nos EUA.
Os 80% restantes envolvem trabalho sedentário ou exigem atividade só leve.
O relatório mostra ainda que, em 1960, metade dos americanos tinha um trabalho que fisicamente exigente. Hoje, só um em cinco tem um nível alto de atividade no emprego.
Timothy S. Church, pesquisador do Centro Pennington de Pesquisas Biomédicas, em Baton Rouge, Louisiana, e autor principal do estudo, nota que a pesquisa não leva em conta os avanços tecnológicos que contribuem para o sedentarismo, como a internet.
Isso significa que a perda de gasto energético no emprego pode ser ainda maior do que o apontado na pesquisa.




CALORIAS
A mudança de hábitos se traduz em até 140 calorias gastas a menos por dia no trabalho, dado que corresponde ao ganho constante de peso no país nas últimas cinco décadas, diz o estudo publicado na revista "PLoS One".
A nova ênfase na atividade no trabalho representa uma mudança importante e sugere que os profissionais de saúde tenham deixado de lado um dado crucial que contribuiu para o problema do excesso de peso.
COMIDA OU EXERCÍCIO
A descoberta coloca pressão sobre as empresas, para que intensifiquem as iniciativas de saúde nos escritórios.
"Muita gente diz que o problema está só na comida. Mas os ambientes de trabalho mudaram tanto que precisamos repensar como enfrentar esse problema", disse Church.
Sua pesquisa é a primeira a estimar o gasto calórico diário que se perdeu no trabalho nos últimos 50 anos.
Durante anos, o papel da atividade física no problema da obesidade foi incerto.
Estudos já mostraram que a quantidade de atividade física em horas de lazer ficou estável nas últimas décadas, período em que a população só fez engordar.
Esse fato cria um impasse para os pesquisadores que tentam explicar a explosão de obesidade.
Em função disso, boa parte da atenção está concentrada na ascensão da fast food e do consumo de refrigerantes.
Outras pesquisas dizem que a maior adoção do transporte particular em vez do público e o aumento do tempo gasto diante da televisão têm contribuído para engordar os EUA e o mundo.
Mas nenhum desses fatores pode explicar por completo as mudanças nos padrões de ganho de peso.
"Precisamos pensar na atividade física como um conceito mais amplo do que apenas os exercícios feitos em momento de lazer", afirmou Ross C. Brownson, epidemiologista na Universidade Washington, em St. Louis.
"Eliminamos a atividade física de nossas vidas. Precisamos encontrar maneiras de reinseri-la no cotidiano, fazendo caminhadas na hora do almoço, por exemplo, e não só nos exercitando na academia."

Tradução de CLARA ALLAIN

terça-feira, 7 de junho de 2011

Anvisa alerta sobre os riscos no consumo da 'ração humana'



Sozinho, produto não tem os nutrientes de que uma pessoa precisa. Uso da expressão nos rótulos será proibido

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira (7) uma nota alertando sobre os riscos do consumo de um produto conhecido como “ração humana”. Segundo o órgão, o consumidor é levado a acreditar que, alimentando-se apenas dessa ração, estará ingerindo todos os nutrientes de que precisa, o que não é verdade.

O produto é usado por pessoas que procuram perder peso. Geralmente, é composto por uma mistura de cereais, farinhas e outros ingredientes variados. O consumo de tais substâncias não faz mal, mas não é suficiente para uma alimentação correta. A nota enfatiza que é necessário balancear os alimentos para evitar doenças como a anemia.

O texto recomenda ainda que qualquer pessoa que queira fazer mudanças nos hábitos alimentares procure orientação profissional para garantir a quantidade certa de nutrientes no corpo.

O uso do nome “ração humana” também está proibido em produtos comercializados no Brasil. A Anvisa alega que a expressão “não indica a verdadeira natureza e característica desse alimento” e, por isso, confunde o consumidor.


Fonte: G1 - Ciência e Saúde
Imagem: Google

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mulheres bebem mais e não param de fumar

Antes preocupadas com o corpo perfeito e vida saudável, parece que agora as mulheres regrediram quando o assunto é saúde. Estudo publicado no portal iG mostra que, em comparação com os homens, as mulheres bebem mais e não param de fumar.

Mulheres bebem mais e não param de fumar
Entre os homens, taxa de tabagismo cai e consumo de álcool fica estável.



Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que as mulheres brasileiras estão mais próximas de dois fatores de risco que aproximam câncer, diabetes, hipertensão do universo feminino: o consumo de álcool exagerado e o tabagismo.

Os dados apresentados nesta segunda-feira (18/4), indicam que hoje 10% da população feminina bebe mais de quatro doses alcoólicas quando decide sair para beber, comportamento chamado na literatura especializada de “bebedora pesada”. Em 2006, primeiro ano em que o estudo federal foi realizado, este índice feminino era de 8%.

Entre os homens, este comportamento de beber pesado é mais prevalente, chega a 26%, mas ficou praticamente estável nos anos analisados, sendo que em 2006 eles ponturam 25,8%.

O estudo, chamado de Vigitel, entrevistou, por telefone, 54 mil pessoas maiores de 18 anos, moradoras de todas as capitais do Brasil e também do Distrito Federal.

Além de não terem aumentado os índices de consumo exagerado de álcool nos últimos anos, a pesquisa indicou que os homens estão fumando menos. Atualmente, 17,9% deles são fumantes.

“Em 1989, quando as primeiras pesquisas sobre tabagismo foram realizadas, o índice de fumantes era de 34%”, afirmou Deborah Malta, coordenadora do departamento de doenças crônicas do Ministério da Saúde.

Segundo Deborah, a primeira edição do Vigitel foi realizada em 2006 e, em todos os anos, foi identificada uma redução do hábito de fumar. “Esta redução foi puxada pelos homens, que somavam 20,2% de fumantes em 2006 e hoje são 17,2%. As mulheres ficaram estáveis nestas estatísticas, sempre na casa dos 12%.”

Fonte: portal iG.
espacosaudedamulher.blogspot.com/2011/06

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entenda o que é o oxi e como a droga se espalhou pelo Brasil



Pior do que crack

Os primeiros relatos de consumo do oxi foram registrados no Norte do Brasil, mas, nos últimos dois meses, a droga já foi apreendida em pelo menos 13 Estados do país.

Apesar de ter sido apontada como uma nova droga pela mídia, o oxi é considerado por especialistas como uma variação mais barata e tóxica do crack, que combina a pasta base de cocaína com substâncias químicas de fácil acesso.

Entenda as principais características do oxi e saiba o que já foi descoberto sobre os efeitos e a proliferação da droga.

De que é feito o oxi?

O oxi é uma mistura da pasta base de cocaína, fabricada a partir das folhas de coca, com substâncias químicas de fácil acesso, como querosene, gasolina, cal virgem ou solvente usado em construções.

De acordo com o perito do Instituto de Criminalística de São Paulo, José Luiz da Costa, a fabricação da pasta base de cocaína - da qual também são feitos a cocaína em pó, o crack e a merla - também é feita utilizando uma substância alcalina e um solvente para extrair uma maior quantidade do princípio ativo da planta, responsável pelo efeito principal da droga no sistema nervoso.

"Para se transformar em oxi, a pasta recebe novamente uma quantidade de solvente e alcalino. Só que, desta vez, são produtos como o querosene e a cal, ainda mais tóxicos do que o bicarbonato de sódio, o amoníaco e a acetona, usados para fazer o crack e na cocaína em pó", diz o perito.

Uso do oxi

A droga pode ser misturada ao cigarro comum e ao cigarro de maconha, mas, geralmente, é fumada em cachimbos de fabricação caseira, como o crack.

Segundo o psiquiatra Pablo Roig, diretor da clínica de reabilitação Greenwood, em São Paulo, o oxi libera uma fumaça escura ao ser consumido e costuma deixar um resíduo marrom, semelhante ao efeito da ferrugem em metais.

Por isso a droga recebeu o nome de oxi, uma abreviação de "oxidado".

Qual a diferença entre oxi e crack?

A principal diferença entre o oxi e o crack no mercado das drogas é o preço.

De acordo com o diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo (Denarc), Wagner Gíldice, o oxi é vendido por cerca de R$ 2 a R$ 5 nas ruas. Pedras de crack podem chegar a custar R$ 10.

O oxi é mais barato justamente porque é feito com produtos químicos que podem ser conseguidos sem fiscalização e a preços baixos. Também por causa da utilização destas substâncias químicas, ele é mais prejudicial ao organismo do que o crack.

No entanto, especialistas dizem que o efeito psicológico das duas drogas é muito semelhante, já que ambas têm o mesmo princípio ativo, que é a pasta de cocaína.

Segundo o psiquiatra Pablo Roig, tanto o crack como o oxi podem viciar os usuários mais rapidamente do que a cocaína em pó, porque chegam mais rapidamente ao cérebro.

"A cocaína absorvida em pó pelo nariz tem que passar pelo sangue até chegar ao cérebro. Por isso, ela demora mais para fazer efeitos do que crack e oxi, que são inalados e vão do pulmão diretamente para o cérebro em questão de segundos", diz.

Mas Roig diz que, uma vez no organismo, o oxi é mais letal do que o crack, por causa do alto nível de toxicidade das substâncias de que é composto.

"A toxicidade do oxi encurta a vida do usuário em 20% em relação ao crack. Os usuários de crack vivem pelo menos 5 a 6 anos, mas 30% dos usuários de oxi poderão estar mortos depois de um ano", afirmou.

Quais são os efeitos do oxi?

A psicóloga Helena Lima afirma que a droga age no sistema nervoso, proporcionando sensações variadas, que podem ir de prazer e alívio a angústia e paranoia a depender da pessoa.

"Pela descrição dos usuários, sabemos que o oxi faz efeito entre sete e nove segundos a partir do momento em que é inalado", diz.

Uma vez no organismo, a combinação de substâncias do oxi pode causar lesões sérias da boca até os rins.

"Dizemos que o oxi é artesanal por causa da sua produção, mas, em termos bioquímicos, ele é bastante complexo e sofisticado e, por isso, muito prejudicial", diz Lima.

Na boca, o querosene ou gasolina combinados com o calor provocam ferimentos nos lábios e na mucosa bucal, danificam as papilas gustativas da língua - células responsáveis pelo reconhecimento de sabores -, causam ferimentos no esôfago e corroem os dentes.

A cal virgem na droga pode provocar fibrose pulmonar, que prejudica a captação de ar pelo pulmão.

Os químicos adicionados à droga vão para o fígado, que é o órgão responsável por metabolizá-las. No entanto, a droga sobrecarrega o fígado e compromete suas funções, como a distribuição de açúcar no organismo.

Outros efeitos do oxi

Por causa disso, o uso prolongado do oxi aumenta as chances de doenças como cirrose hepática e o acúmulo de gordura no órgão.

"Muitas pessoas também misturam o oxi com o álcool, o que é ainda pior. A mistura forma uma substância chamada cocaetileno, que é altamente tóxica para o fígado. Por isso, vê-se usuários com lesões sérias no fígado em pouco tempo", diz Pablo Roig.

Quem consome oxi também está sujeito a falhas nos rins, que também ficam sobrecarregados pela alta quantidade de toxinas resultantes da combinação química da droga.

A dificuldade dos rins em eliminar as toxinas faz com que elas permaneçam circulando no sangue, causando náuseas, diarreia e problemas gastrointestinais.

Além disso, o usuário também está vulnerável aos problemas causados pelo princípio ativo da cocaína, como o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Como o oxi chegou no Brasil?

Especialistas e investigadores afirmam que o oxi começou a entrar no país pela fronteira com a Bolívia, que é o terceiro produtor de cocaína do mundo, segundo dados da ONU.

Há relatos de que o uso do oxi começou em Estados como Acre e Pará há cerca de 20 anos, mas, ao que tudo indica, começou a se espalhar pelo país nos últimos sete anos.

Um dos primeiros estudos brasileiros a mencionar a droga foi conduzido pela psicóloga e especialista em saúde pública Helena Lima, no Acre, em 2003.

"A pesquisa foi publicada em 2005 e fui muito procurada para falar sobre o oxi. No entanto, era uma droga desconhecida em um Estado pequeno no Norte do país. Por isso, ela foi ficando em segundo e terceiro plano na medida que o problema do crack cresceu", diz a pesquisadora.

Nos últimos anos, o oxi passou a ser produzido no Brasil utilizando a pasta base de cocaína conseguida através do narcotráfico e os produtos químicos locais, como cal, querosene, gasolina e solvente.

"Acho que o fator estrutural do crescimento do oxi é a fragilidade do controle dos insumos químicos. A facilidade de acesso a essas substâncias acontece no país todo", afirma Helena Lima.

Tráfico do oxi

A psicóloga diz ainda que, no Acre, a droga se espalhou através dos usuários. "O oxi passa de mão em mão, mas também podem haver criminosos e até policiais envolvidos na distribuição."

O diretor do Denarc, Walter Gíldice, avalia que há uma grande possibilidade de que organizações de narcotráfico estejam diretamente envolvidas na proliferação do oxi.

"São os grandes traficantes que detém a pasta base, então eles podem estar por trás disso. Mas o que foi apreendido aqui já está sendo produzido aqui", diz.

Mas Gíldice também alerta para o fato de que, por ser produzida artesanalmente, a droga tem características diferentes em cada Estado. "As pedras que estão sendo vendidas no Pará são diferentes das de São Paulo, por exemplo. Aqui, elas são mais parecidas com o crack do que lá."

O que está sendo feito em relação à proliferação do oxi?


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está realizando uma pesquisa de campo sobre o oxi no Brasil, a pedido da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

De acordo com Helena Lima, a pesquisa é essencial para entender como a droga está sendo produzida e a quem está atingindo em cada região do país.

"Apesar da idéia de que o oxi é uma droga mais comum entre as classes mais baixas e entre os usuários de crack, entrevistei desde analfabetos até pessoas com formação universitária usando oxi no Acre", diz a pesquisadora.

"Só é possível combater o oxi sabendo como ele penetrou em cada Estado do Brasil, e isso depende das demandas do mercado de drogas em cada região."

O jurista e ex-secretário nacional Antidrogas Walter Maierovich afirma que, além de campanhas que alertem sobre os perigos da droga, é preciso realizar um controle mais rígido da venda de produtos químicos de uso mais corrente, como a cal e os solventes.

As fronteiras do país, segundo Maierovich, também precisam de mais vigilância.

"Ninguém está indo nos municípios da fronteira e verificando o aumento da renda nestes municípios. Estes lugares geralmente são pequenos e têm uma movimentação de dinheiro limitada. Se, de repente, há mais dinheiro circulando do que a capacidade desse lugar, há algo errado", disse.

Fonte: Diário da Saúde

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tabagismo na Mira !

Ontem 31 de maio, foi o Dia Mundial sem tabaco. As pessoas de uma forma geral tem conhecimento dos malefícios do cigarro, as estatísticas mostram que a proporção de fumantes brasilerios caiu, só que na contramão desta evolução de hábitos saudáveis, temos a mulher, cuja a prevalência vêm se mantendo a nível de Brasil e até aumentando em alguns estados, como p.ex. São Paulo.
Mulher moderna, inteligente e antenada deve ser uma propagadora da vida, vamos de uma vez por todas apagar esta idéia equivocada de emancipação e independência.

Rosa.




Mortes por doenças crônicas caem 20% com luta antifumo

A política brasileira de combate ao fumo, que reduziu pela metade o número de fumantes no País nas duas últimas décadas, mereceu um capítulo inteiro da revista científica britânica Lancet em uma edição especial sobre saúde no Brasil, publicada neste mês.

A cruzada antitabagista é tratada como estratégia de sucesso e apontada pelos pesquisadores como um dos principais motivos para a queda de 20% na mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no País, entre 1996 e 2007. ?A diminuição ocorreu, particularmente, em relação às doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. E isso graças à implementação bem-sucedida de políticas de saúde que levaram à redução do tabagismo e à expansão do acesso à atenção básica em saúde?, diz o artigo.

Isso porque, segundo os médicos, o cigarro é o primeiro fator de risco evitável para as doenças mais letais no mundo, as cardiovasculares. Em 1989, quando o Instituto Nacional do Câncer (Inca) inaugurou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, 32% dos brasileiros com mais de 15 anos fumavam - índice que caiu para 17,2% para essa mesma faixa da população em 2008, segundo o IBGE.

A pesquisa mais recente sobre o tabaco, divulgada há um mês pelo Ministério da Saúde, mostrou que, entre indivíduos acima de 18 anos, 15,1% fumavam - taxa que é um pouco maior na capital paulista, onde chega a 19,6%. Hoje, o Brasil tem a menor prevalência de fumantes da América Latina.

As mulheres, contudo, estão na contramão da tendência de queda do tabagismo. Entre 2006 e 2010 a porcentagem de fumantes mulheres na cidade de São Paulo passou de 14,6% para 16,8%. Isso ajuda a explicar a incidência do câncer de pulmão entre elas: ele já é o segundo mais comum entre as mulheres do País, atrás apenas dos tumores de mama, segundo a médica Tânia Cavalcante, da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq), do Inca.

O tabaco ainda provoca cerca de 200 mil mortes por ano no País, segundo a Organização Pan-americana da Saúde (Opas). Cada cigarro contém mais de 4 mil substâncias tóxicas. Entre elas, a nicotina e o monóxido de carbono, que promovem a degradação da camada interna dos vasos sanguíneos, o endotélio.

O resultado disso são vasos de menor calibre para os fumantes e maior propensão a enfartes e derrames (AVCs), explica o cardiologista Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia. ?Outros fatores de risco para essas doenças vêm da interação entre a genética e o ambiente. O tabaco, não. A pessoa escolhe estar sujeita a ele".

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=11162
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